domingo, 30 de setembro de 2007

Natal

As sete pétalas que atiraste ao mar no exato momento de uma grande revelação.
E a cada dia percebias que escalara o alto dos céus.
Nada vale o alto dos céus.
A própria escalada representa a tua queda.
E entretanto, nunca paraste.
Sete anos se passaram, e de repente, sentistes falta das sete pétalas que atirastes ao mar.

"Encontrarás tudo o que te falta dentro de teu próprio ser. Não se sentirá mais sozinho quando descobrires que és, de fato, tua única e verdadeira companhia".

A distância que nos separa quando estamos lado a lado é o que de mais humano podemos compartilhar:
A frieza e a falta de alvos.
Os lapsos de memória.
A palavra que escapa.
A mente que se esconde em devaneios.
A inspiração incomunicável.

A vida, em toda sua glória.
Vida indiferente e esplendorosa...

"Encontrarás dentro de teu próprio ser o amor pelo qual tens lutado e dispendido tanto de teu tempo e de teus cuidados. Tantas vezes erraste por amar e não perceber que o amor é a tua única meta e a tua única motivação".

Semelhantes os nossos erros.
Semelhantes as nossas alegrias.

Erraste por seguidas sete vezes.
Choraste em vão e por nada.
Nada nos separa

(...)

Tudo o que nos separa
É parte de nossa mesma condição humana.
A única fonte e a única verdade em comum a cada um de nós.

Ouvindo: Brickwork I (Leaving Entropia) - Pain of Salvation

Um comentário:

biel madeira disse...

supra-lindo!!!
tem que ficar de todo jeito!!!