sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sinaleiro

Olhos pretos, cílios de suspiro. Oh menino dos lábios bonitos!... Me leva para o seu mundo – o mundo das camisas azuis. Sua pele de menino me anima, um mimo adorável, um espelho cheio de carícias. Ninguém vai notar a nossa pele. Tenho em casa óleo e argila. Pode ser que mais velha eu me pareça, mas a mim você não pode enganar, oh menino erudito e de andróginas feições. Eu sei que você já é capaz de entender o azul. E de mergulhar – devagar – no infinito.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Noite Estelar

Dessa vez não olhei para o céu, e sim para a parede branca forrada de estrelas. Olharia para o brilho de suas auras se, nesse momento, porventura me faltasse luz. Continuo. Peço a Ele para que eu tenha força. De fazer o melhor dentro do que antes me seria impossível. Quando os meus desejos não puderem ser atendidos. Faz de mim um instrumento da Sua vontade, não da minha. Que eu mais console do que seja consolada. Que eu não queira ser consolada. Que eu não queira nem espere mais nada. Pensei tudo isso baixinho, sem nenhuma promessa, nenhuma solenidade. Small talk. Nem mesmo luz de abajur. Eu e as estrelas, a lua e eu, amém.