Vou pra longe, mar aberto, vou pro porto, pro aconchego. Vou pra onde o Sol não se põe ao término do verão. Onde os homens passeiam sossegados ao cair das tardes preguiçosas. Onde não é preciso dizer coisa alguma, uma vez que existam um olhar e pernas e sorrisos que falam através de seus movimentos. Da espontaneidade. De uma lágrima. Pra que servem as pernas senão para sorrir através dos nossos olhos?!... Sustentam os nossos pés, que, por sua vez, sustentam a própria vida. Vou pra onde exista pranto, pulso, percussão. Palmas, pés, tornozelos e mãos. Talvez eu nem volte mais. Melhor ires comigo, e bem depressa. Se parares para pensar, acordarás e verás que estou perdida, e que tudo isso é muito mais do que um sonho. Quem sabe uma convulsão.
Um comentário:
é ainda melhor do que eu já tinha chado ontem! sem mais palavras!
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