sábado, 29 de novembro de 2008

Self

Eu não sei o meu nome. Por não sabê-lo, assumo variadas identidades. Algumas me perseguem. Persigo-as também. Deixo-as entrar. Elas estão em mim, o tempo todo.
Sou um aglomerado de células nervosas. Às vezes, a afasia é o que sobra de todo este desperdício. Explico-me, mas ao contrário. Afinal, quem entenderia tais divagações? Procuro pelo meu nome. Encontro um espelho. Procuro-te, em seguida, ao lado de uma agenda vazia. Vigio o pequeno lago das águas turmalinas. O que vejo é o reflexo de um ente desconhecido, encimado pelos valorosos segredos do anonimato.

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